quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Comemorações do Cinquentenário do Cortejo do Trabalho de 1963

Um aspecto do local onde decorreram as Comemorações do Cinquentenário
do Cortejo do Trabalho de 1963.

Tiveram lugar no passado sábado, dia 31 de Agosto, a partir das 16 horas, as Comemorações do Cinquentenário do Cortejo do Trabalho de 1963, promovidas pela Associação Filatélica Alentejana (AFA), na sala de Exposições do Centro Cultural Dr. Marques Crespo, em Estremoz.
Há muito que a Associação Filatélica Alentejana, vocacionada para as actividades exposicionais, vem desenvolvendo iniciativas ligadas ao mundo do trabalho, do artesanato, da defesa do património e da etnografia alentejana, muito em particular de Estremoz. Daí que tenha chamado a si a organização daquelas Comemorações, para as quais foram convidadas as entidades oficiais, civis, religiosas e militares, bem como as associações culturais e desportivas do concelho.
As Comemorações visavam evocar o Cortejo do Trabalho que teve lugar em 5 de Setembro de 1963, a partir das cinco e meia da tarde, na Avenida 9 de Abril, em Estremoz, no decurso das Festas à Exaltação da Santa Cruz e foram justificadas pela importância que o Cortejo teve e pelo imperativo de honrar a memória de todos aqueles que o ergueram e apontá-lo como exemplo à juventude, porque ali estavam reunidos os traços da nossa identidade cultural concelhia e regional.
O evento de grande qualidade e fidelidade etnográfica, foi registado pelo grande fotógrafo Rogério de Carvalho (1915-1988) e deu lugar a uma Exposição Retrospectiva do Cortejo, constituída por 31 painéis de grandes dimensões com 62 fotografias do evento e que estará patente ao público no local das Comemorações, até ao próximo dia 31 de Dezembro.
As Comemorações e a Exposição são da iniciativa da Associação Filatélica Alentejana e contaram com o apoio da Câmara Municipal de Estremoz. 

A cerimónia
A cerimónia à qual compareceu muito público, foi presidida pelo Vice-Presidente da Câmara Municipal de Estremoz, Dr. Francisco Ramos que usou da palavra, assim como o Prof. Hernâni Matos, Presidente da AFA e o Senhor José Figo, membro da Comissão Organizadora do Cortejo. A seu lado, o pintor Óscar Cavaco, igualmente membro da Comissão Organizadora, assim como a Senhora D. Maria da Luz Carapeta, filha do Senhor Frederico Mestres Carapeta, a quem se deve a concepção e o projecto do Cortejo.
Antes das intervenções houve apresentação de cumprimentos pela Banda da Sociedade Filarmónica Artística Estremocense, a qual tocou duas marchas, uma à chegada e outra à partida.
No final das intervenções, declamaram décimas de sua autoria os poetas populares: Renato Valadeiro e Manuel Gomes (Arcos), Mateus Maçaneiro e Constantina Babau (Estremoz) e Altino Carriço (Santiago de Rio de Moinhos) que glosaram mote do poeta António Simões:

No cortejo que percorre
A longa e bela avenida,
O velho sonho não morre
De mudar-se um dia a vida. 

As comemorações terminariam com a actuação do cantador e tocador de harmónio, Nelo do Fado, de Santiago de Rio de Moinhos.

O Cortejo do Trabalho de 1963
Sem sombra de dúvida que o ponto alto das Festas à Exaltação da Santa Cruz de 1963 foi o Cortejo do Trabalho, organizado pela Comissão das Festas com o apoio da Câmara Municipal e que mostrou à população e aos visitantes, os vários sectores do artesanato e indústria locais, bem como os múltiplos aspectos da agricultura e da vida rural de então.
A concepção e projecto do Cortejo do Trabalho foram de Frederico Mestres Carapeta, que foi o visionário, que com a sua alma regionalista gizou o plano, que com o apoio das entidades e a mobilização dos sectores envolvidos, escreveria a letras de ouro, uma das páginas mais importantes da nossa etnografia local. É caso para dizer, tal como o fez o poeta António Gedeão na sua Pedra Filosofal: Sempre que um homem sonha o mundo pula e avança e avançou, porque ficou feito o registo para a posterioridade de aspectos importantes da etnografia local e que têm a ver com a nossa identidade cultural, local e regional.
Frederico Mestres Carapeta teve como assistentes, José Palmeiro da Costa, José Manuel Figo e Óscar Cavaco. O texto descritivo do Cortejo era de Guilhermina Avelar, a locução de João Malaquias e o som de Ferreira Germano. A direcção do Cortejo foi de Afonso Palmeiro da Costa e Rogério Peres Claro.
De salientar que o Cortejo do Trabalho de 1963 ocorreu no decurso das Festas à Exaltação da Santa Cruz mais importantes de sempre, no ano do completamento da fachada da Igreja dos Congregados, a assinalar a primeira etapa da reparação da perda de património sofrida pela Paróquia com o derrube da Igreja de Santo André. Em todo este processo é de salientar o papel relevante do então timoneiro do Município, Dr. Luís Pascoal Rosado, o que aqui se sublinha.  

Hernâni Matos


Apresentação de cumprimentos pela Banda da Sociedade Filarmónica Artística Estremocense.
 
O presidente da AFA, Hernâni Matos, agradecendo a apresentação  de cumprimentos pela
 pela Banda da Sociedade Filarmónica Artística Estremocense e realçando o significado das
Comemorações.
 
Hernâni Matos (presidente da AFA) no uso da palavra. A seu lado, da esquerda para a direita:
Óscar Cavaco (Comissão Organizadora do Cortejo), Dr. Francisco Ramos (Vice-Presidente da
CME, José Figo  (Comissão Organizadora do Cortejo) e D. Maria da Luz Carapeta, filha de
Frederico Mestres Carapeta, que concebeu e projectou o Cortejo.  
 
 Um aspecto da Exposição Retrospectiva do Cortejo do Trabalho de 1963.
Outro aspecto da Exposição. 
  Novo aspecto da Exposição. 
A Banda da Sociedade Filarmónica Artística Estremocense, ao tocar o número de despedida. 
 O poeta popular Renato Valadeiro.
O poeta popular Manuel Gomes. 
 O poeta popular Altino Carriço.
 A poetisa popular Constantina Babau.
O grande animador Nelo do Fado.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Comemorações do Cinquentenário do Cortejo do Trabalho de 1963

 Rancho de azeitoneiras e varejadores da Freguesia de Santo Estevão (Estremoz).
Cliché de Rogério de Carvalho (1915-1988), grande fotógrafo de Estremoz. 

No sábado, 31 de Agosto, terão lugar em Estremoz, as COMEMORAÇÕES DO CINQUENTENÁRIO DO CORTEJO DE TRABALHO DE 1963, as quais decorrerão a partir das 16 horas na Sala de Exposições do Centro Cultural Dr. Marques Crespo, na rua João de Sousa Carvalho.
As comemorações visam evocar o Cortejo do Trabalho que teve lugar em 1963, na Avenida 9 de Abril, em Estremoz, no decurso das Festas à Exaltação da Santa Cruz. Tratou-se de um Cortejo organizado pela Comissão de Festas, com o apoio da Câmara Municipal e que mostrou à população e aos visitantes, os vários sectores do artesanato e indústria locais, bem como os múltiplos aspectos da agricultura e da vida rural de então.
Uma tal evocação justifica-se pela importância que o Cortejo teve e como tal honrar a memória de todos aqueles que o ergueram e apontá-lo como exemplo à juventude, porque ali estavam reunidos todos os traços da nossa identidade cultural concelhia e regional.
O evento de grande qualidade e fidelidade etnográfica, foi registado pelo grande fotógrafo Rogério de Carvalho e deu lugar a uma Exposição Retrospectiva do Cortejo, patente ao público no local das Comemorações, até ao próximo dia 31 de Dezembro.
As Comemorações e a Exposição são da iniciativa da Associação Filatélica Alentejana e têm o apoio da Câmara Municipal de Estremoz. 



quinta-feira, 25 de julho de 2013

Uma leitura da perspectiva estética de Álvaro Cunhal

O Dr. Júlio Rebelo ( à direita) no decurso da sua palestra.
Fotografia de Luís Mariano Guimarães.


Este o título da palestra proferida pelo Dr. Júlio Rebelo, no passado sábado, dia 13 de Julho, na Sala de Exposições do Centro Cultural Dr. Marques Crespo, em Estremoz.
A iniciativa, integrada nas “Comemorações do Centésimo Aniversário do Nascimento de Álvaro Cunhal”, foi da Associação Filatélica Alentejana e contou com o apoio do Partido Comunista Português e da Câmara Municipal de Estremoz.
A palestra decorreu duma leitura interpretativa da obra de Álvaro Cunhal, publicada em 1995: “A Arte, o Artista e a Sociedade”, publicada em 1995 e escrita ao longo de três décadas.
Numa primeira parte, o orador fez o enquadramento e deu a conhecer a estrutura desta amadurecida obra, composta por catorze capítulos e que é um ensaio sobre a arte e sobre a estética. Segundo ele, “Há uma constância na perspectiva mostrada e um fio condutor estético e ideológico que se mantém ao Iongo de todo o texto. Há, se quiserem, uma concepção de arte definida e defendida desde a primeira à última página.”. Segundo o palestrante, a obra profusamente ilustrada com imagens criteriosamente seleccionadas “tem uma lógica didáctica, que é a de divulgar e promover sobretudo a pintura e a literatura, o que é feito em três direcções: a primeira que apresenta aquilo que é a verdadeira expressão da arte: o Belo, que é teorizado com enquadramentos históricos sobre o seu entendimento e a sua assimilação numa experiência estética; uma segunda em que Cunhal dirige a sua crítica contra o formalismo, uma vez mais teorizando e dando pistas esclarecedoras que permitam às pessoas compreenderem como esta concepção, assente num individualismo exacerbado e fechado sobre si próprio, se afastou do essencial da arte; e o essencial da arte está justamente na terceira direcção proposta: o respeito pela inspiração e criatividade do artista, mas isso conjugado e numa profunda comunhão com a vida das comunidades, sabendo retirar dessa experiência humana colectiva a riqueza que fortifica esse carácter criador que o artista possui.”
Numa segunda parte, o conferencista procurou dar uma resposta à pergunta: “0 que é a arte para Cunhal?”, resposta que foi construída “tendo em conta a enunciação e o comentário de dois aspectos: por um lado, a posição crítica de Cunhal, isto é, aquilo que lhe suscitou reservas, discordou ou inclusive combateu no campo da arte e, por outro, a apologia e a defesa de uma determinada concepção de arte.” Fazendo citações de Álvaro Cunhal, que interpretava e comentava, Júlio Rebelo acabou por dizer em síntese, o que é a Arte para Cunhal: “Arte é imaginação, é fantasia, é descoberta, é sonho do artista, mas tudo isso concretizado na intervenção deste a partir da experiência vivida e apreendida dos anseios e das lutas dos povos.” e aquele que é “o melhor atributo da arte: Arte é liberdade”.
No final da palestra, a que assistiram cerca de três dezenas de pessoas, houve um debate vivo com a assistência.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

“Até amanhã, Manuel Tiago" ou o neo-realismo como projecto de resistência.

A Professora Francisca Matos no decurso da sua palestra. 
Fotografia de Luís Mariano.

Álvaro Cunhal, político e homem de Cultura, foi analisado enquanto escritor numa palestra ocorrida no passado dia 18 de Maio, na Sala de Exposições do Centro Cultural de Estremoz. Foi oradora a Professora Francisca Matos, que dissertou sobre o tema “Até amanhã, Manuel Tiago" ou o neo-realismo como projecto de resistência”. A iniciativa, integrada nas “Comemorações do Centésimo Aniversário do Nascimento de Álvaro Cunhal”, foi da Associação Filatélica Alentejana e contou com o apoio do Partido Comunista Português e da Câmara Municipal de Estremoz.
A palestrante procurou dar resposta a duas questões: a primeira, o que é o neo-realismo e quais as suas características fundamentais? A segunda, qual o papel de Álvaro Cunhal no neo-realismo português.
A oradora apresentou o neo-realismo como movimento literário que se manifestou entre meados dos anos 30 e finais da década de 50 do século XX, num período difícil que engloba a crise económica iniciada em 1929, o triunfo do nazismo e do fascismo na Europa e o deflagrar da 2ª Guerra Mundial. E acrescentou que é nesse contexto assinalado e condicionado por intensas tensões ideológicas, políticas, económicas, sociais e literárias que se consolidou o neo-realismo, que conduzirá os escritores e os artistas a uma tomada de consciência diferente daquilo que era a realidade portuguesa. A seu ver, eles protagonizam então um confronto intelectual e doutrinário com os presencistas, pertencentes à geração literária anterior, o qual irá emergir nas páginas de publicações como o jornal O Diabo, as revistas Seara Nova, Sol Nascente e Vértice. Em causa, segundo nos diz, estava uma interpretação diversa da função social do escritor e da própria literatura. Na verdade, como nos ensinou Francisca Matos, os neo-realistas acusavam a literatura presencista de ser “individualista, psicologista e, sobretudo, desinteressada do homem concreto e social”. Além disso, defendiam a prevalência do “conteúdo” em relação à “forma”, visando uma maior consciencialização política e social dos leitores, de modo a que esta pudesse conduzir a uma transformação política do país.
Para falar de Álvaro Cunhal/Manuel Tiago, a Professora Francisca Matos teve que viajar no tempo até à Penitenciária de Lisboa, onde ele se encontrava desde 1949 em regime de isolamento. Deu-nos assim conta de que visando lutar contra os efeitos psicossomáticos da encarceração, ele engendra múltiplas estratégias de ocupação do tempo, dedicando-se a uma intensa actividade intelectual que passa pela leitura, pela tradução, pelo desenho, pela pintura e pela escrita. Esta última, segundo disse a oradora vai funcionar como uma espécie de ligação aos companheiros da própria prisão e aos companheiros que no exterior davam continuidade à luta anti-fascista. É, de resto, uma forma de manter acesas as memórias e as imagens da vida exterior à prisão e aí encontra a força interior necessária para resistir à privação de liberdade e ao isolamento.
A escrita de um livro como “Até amanhã, camaradas” cumpre, na óptica da palestrante, variadas funções: é a prova de que Álvaro Cunhal não se deixa abater perante os carcereiros, mas é também um manifesto que apela à resistência colectiva dos que, cá fora, deverão dar continuidade à luta comum. “Até amanhã, Camaradas” constitui a seu ver uma epopeia da clandestinidade, em que Vaz, o “homem da bicicleta” personifica vários homens, companheiros de Álvaro Cunhal na clandestinidade, na luta política e nos ideais. Trata-se na sua opinião de um “herói” colectivo que simboliza os ideais do partido, cuja missão é preparar o restante colectivo (camponeses, operários e intelectuais) para “a revolução e o derrube da ditadura”. Por isso considera que a obra Até amanhã, camaradas, como outras de Manuel Tiago/Álvaro Cunhal ocupam um lugar de destaque no neo-realismo português. É que, segundo disse, apesar do seu autor ter escrito para si e por si, escreveu para os outros num espírito de fraternidade e de humanidade. Legou-nos assim um importante testemunho para memória futura sobre o que foi a luta pela liberdade e pela democracia no tempo da ditadura fascista, escrito por quem a viveu “por dentro” e por isso dela tinha uma visão privilegiada. É convicção de Francisca Matos que os textos de Manuel Tiago/Álvaro Cunhal falam de luta e de sofrimento, mas apelam à liberdade e à consciência da importância de ser livre e de viver sem medo. Esse terá sido o seu grande legado para todos nós.
No final da palestra, a que assistiram mais que cinco dezenas de pessoas, houve um debate vivo com a assistência.


Aspecto parcial da assistência à palestra.
Fotografia de Luís Mariano.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

“Até amanhã, Manuel Tiago" ou o neo-realismo como projecto de resistência.

Francisca de Jesus Rolo de Matos, nasceu a 28 de Setembro de 1963 na freguesia da Sé, em Évora. Em 1991 licenciou-se em Ensino de Português e Francês pela Universidade de Évora. Frequentou a Alliance Française, onde obteve o “Diplôme de Langue Française” em 1984 e o “Diplôme Supérieur d’Études Françaises Modernes” em 1985. Tem o Curso de Pós-Graduação em Supervisão Pedagógica da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa realizado entre 1995 e 1997.
É Formadora certificada pelo do Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua na área das Didácticas Específicas de Francês e Ensino-Aprendizagem da Língua Portuguesa. É ainda Consultora de Formação certificada pelo Conselho Científico Pedagógico da Formação.
Tem realizado formação contínua em áreas como a linguística e a didáctica, a formação inicial e contínua de professores, a área da avaliação, da organização escolar e dos projectos educativos, das TIC e em áreas transversais, o que se traduziu na participação activa em inúmeros seminários, acções de formação, visitas de estudo, cursos de formação, congressos, encontros, sessões de formação, cursos de formação, conferências, formações, jornadas pedagógicas e fóruns, quer em Portugal, quer no estrangeiro.
Exerce há 23 anos funções docentes. É Professora do Quadro de Nomeação Definitiva da Escola Secundária da Rainha Santa Isabel de Estremoz, onde exerce as funções de Professora de Português e de Professora Bibliotecária. Nesta Escola tem desempenhado vários cargos e participado em diferentes equipas de trabalho. Nessa qualidade integrou a equipa responsável pela elaboração do Projecto Educativo, da reorganização da Biblioteca, do acompanhamento do Plano de Actividades da Escola e de desenvolvimento de Cursos de Língua Portuguesa para Estrangeiros.
No âmbito da formação inicial e contínua de professores tem sido membro da secção de formação do conselho pedagógico, orientadora de núcleos de estágio, consultora de formação e formadora.
No sector da administração e gestão escolares foi Vice-Presidente da Comissão Executiva da ESRSI entre 1998 e 2000 e Directora do CENFORSEGA entre 2001 e 2007, em cuja qualidade desenvolveu inúmeras actividades com interesse para a comunidade educativa.
No âmbito de projectos educativos foi coordenadora do Projecto Interdisciplinar de Multimédia na Escola em 2000-2001, elemento da equipa do Projecto Europeu COMENIUS 1 – Comparação de Sistemas Educativos Europeus, em parceria com escolas da Bulgária, República Checa e Roménia entre 1999 e 2001, assim como elemento da equipa que elaborou o Mapa Educativo dos Concelhos de Estremoz e Sousel - Estudo Preliminar, em 1999-2000. Integrou igualmente a equipa que representou a Escola Secundária Rainha Santa Isabel no Campo de Verão realizado com escolas da Bulgária, Itália, Bélgica e Suécia, em Primorsko - Bulgária, em Agosto de 2002.
A professora Francisca de Matos é o alfa e o ómega da Biblioteca Escolar onde como professora bibliotecária tem desenvolvido um trabalho notável, virado para a comunidade educativa. É colaboradora da imprensa escolar e regional e mantém na blogosfera o blogue “SULIDÃO”. É um espírito de fineza que nos tem prendado com textos que aliam à profundidade crítica a sua sensibilidade feminina e o fino recorte literário. É uma mulher que tem a literatura na massa do sangue e respira literatura por todos os poros.
Colabora desde longa data em actividades culturais promovidas pela Associação Filatélica Alentejana. É nossa companheira de estrada há longo tempo e connosco tem percorrido caminhos culturais conjuntamente com o António Simões, o Jorge Branco, a Fátima Crujo, a Odete Ramalho, a Adelaide Silva, a Maria do Céu Pires, a Ana Maria Mateus, a Georgina Ferro, bem como os poetas populares e os artesãos do nosso concelho, os quais à vez e por vezes juntos, têm ajudado a dar alma alentejana à Sala de Exposições do Centro Cultural que despretensiosamente se tem afirmado e consolidado como Casa de Cultura que coexiste com outras, já que a pluralidade é uma mais valia da democracia cultural.