quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

TRAVESSIA - Exposição de Pintura de Fátima Franco


INFORMAÇÃO

Por motivos de ordem técnica, houve que cancelar a inauguração de TRAVESSIA - Exposição de Pintura de Fátima Franco, a ter lugar pelas 17 horas, de sábado dia 13 de Fevereiro de 2010, no Centro Cultural Dr. Marques Crespo, na Rua João de Sousa Carvalho, em Estremoz.
Do facto, pedimos imensa desculpa.
Hernâni Matos
(Presidente da Associação Filatélica Alentejana)

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Fátima Franco no Centro Cultural de Estremoz


“TRAVESSIA” é a exposição a inaugurar no próximo dia 13 de Fevereiro (sábado), pelas 17 horas, na Sala de Exposições do Centro Cultural Dr. Marques Crespo, na Rua João de Sousa Carvalho, em Estremoz.
A Exposição, da iniciativa da Associação Filatélica Alentejana e com o apoio da Câmara Municipal de Estremoz, é constituída por duas Secções, unificadas entre si pela cor, forma e movimento, sendo a primeira intitulada “PRELÚDIOS” composta por 13 telas em acrílico às quais correspondem 13 poemas impressos sobre tela e a segunda intitulada “ANÉIS DO TEMPO”, perfazendo o total 49 telas.
Fátima Franco nasceu na cidade de Évora. É professora universitária doutorada em Literatura Francesa. A par das suas actividades docentes, dedica-se à criação literária e à pintura. Neste último campo é auto-didacta, uma vez que não desenvolveu a aprendizagem pelo ensino formal. Guia-a uma procura da metáfora luminosa, farol permanente na criação e na vida.
Segundo Fátima Franco, a “Criação é uma lua em quarto crescente que sobrevive aos fantasmas da noite escura; escapa à perseguição do absorto dilema de encontrar a palavra e a cor certas devorando a angústia estéril dos enigmas. Voa acima de todas as formas e liberta sons de harpa silenciosa em prefigurações do inatingível eco.
Letra e Cor permanecem invisíveis na sua sombra oculta, sobrevivem à pressão de todos os limites, libertam a vida dos caudais de gelo, escondem archotes ardentes, bebem a vertigem da alma em tragos lentos e acendem cada centelha do tempo nas constelações vivas do corpo.
Letras e Cores não morrem nunca; inspiram sons, aromas, imagens, abrigam metáforas adormecidas, anseiam o leito sedoso de um rio tranquilo, são mar aceso sempre em busca de planos mais altos. Em uníssono, recolhem deambulações de fragmentos, transportam resíduos de obras sonhadas, desvelam mundos soltos e luminosos, criam sonhos, acendem lágrimas, sopram risos. Por vezes, deixam um selo na garganta com a lavra penetrante da alma viva, levam resina à polpa dos dedos que se abrem aos traços misteriosos e errantes de cada ímpeto.
A Criação em quarto crescente senta-se nas nuvens etéreas das letras e das cores, habita um céu liberto de convenções comedidas ou aprisionadas em folhas ou telas e liberta-se das marés-cheias de gramáticas regulares. Assim evita o temível susto de chegar à obra perfeita pela perpétua procura da metáfora luminosa…”
A Exposição “TRAVESSIA” é uma Exposição a merecer seguramente a visita de todos nós.